O que realmente está acontecendo com o Sindicato dos Servidores de Lages?

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Muito se tem falado, ou melhor, especulado , sobre supostas “negociações em andamento” entre a Prefeitura e o Sindicato dos Servidores Públicos do município . Mas é preciso deixar claro: isso não passa de uma mistura de desinformação e confusão proposital. Afinal, os fatos são simples e públicos: o processo de negociação foi concluído, com a aprovação da lei correspondente. E mais: o próprio sindicato formalizou seu aceite, por meio de ofício encaminhado à Câmara de Vereadores. Sim, leu certo — aceitou *por escrito*.

É justamente aí que bate a estranheza. Se o sindicato concordou oficialmente, por que agora a encenação de protestos, ameaças de paralisação e discursos inflamados? Qual é a real intenção? Defender os servidores ou manter o palco armado, mesmo sem peça para encenar?

Sim, é importante respeitar mobilizações e lutas sindicais — quando legítimas e com certeza apoiamos os movimentos. Mas, nesse caso, não há negociação em aberto, não há impasse. Há um aceite do reajuste concedido, após longos quatro anos de estagnação. Sem contar o aumento de 10% no vale-alimentação.

E mais: o sindicato tem participação garantida e ativa na comissão especial que acompanha estudos sobre a valorização do funcionalismo. Mas, como bem sabe, essa comissão não é um espaço de negociação, e sim de estudo técnico. Ignorar isso, ou fingir que não entende, é desonesto com a categoria. Ou será que estão mesmo tentando vender ilusão como se fosse conquista?

Por outro lado , a gestão atual tem mantido diálogo , talvez até mais do que muitos gostariam. Mas diálogo sério, com dados, projeções e responsabilidade. As reivindicações do sindicato sempre devem existir , mas esquecerem convenientemente de mencionar os avanços. Ou alguém aí lembra o que foi feito *antes*?

A tal mobilização, então, precisa ser colocada sob lupa: o sindicato está sendo transparente com os servidores? Está explicando que não existe mesa de negociação em aberto? Que o reajuste foi concedido e aceito? Ou está apostando na desinformação como ferramenta de pressão?

Estado de greve sem impasse é teatro. E greve sem motivo claro é um tiro no pé da própria representação sindical, que deve atuar com compromisso, responsabilidade e, acima de tudo, fidelidade aos fatos. Insistir nesse tipo de manobra só fragiliza a confiança da categoria e arranha a credibilidade da entidade.

O momento exige responsabilidade, não espetáculo. Transparência, não cortina de fumaça. E principalmente, respeito por aqueles que de fato serão impactados por decisões que deveriam ser pensadas com a cabeça e não com o megafone.

 

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