A reunião da diretoria da Associação Empresarial de Lages realizada na última segunda –feira, 23 de maio, contou com a participação do gerente de infraestrutura aeroviária da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, George Picinato, e do gestor da Infracea no Aeroporto Regional da Serra Catarinense, Marcio Reis, que compartilharam informações sobre o Aeroporto de Correia Pinto e perspectivas de expansão dos voos.
Certificação Provisória
O Aeroporto de Correia Pinto possui a Certificação Operacional Provisória, da Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC) desde janeiro de 2019. No momento, aguarda-se a homologação do PAPI (Precision Approach Path Indicator), um sistema de auxílio visual à navegação aérea, instalado na cabeceira da pista Leste, ao lado da BR 116, que trará mais segurança aos voos. Segundo Picinato, a homologação do PAPI irá atender plenamente as condicionantes de segurança impostas pela regulamentação aeronáutica, que são muitas e são alteradas constantemente, “foram 7 alterações desde 2009 e quando há mudança é preciso fazer as adequações. Enquanto o equipamento não for aferido pelo Departamento de Controle de Tráfego Aéreo, como mitigação de risco operacional e de acordo com a análise realizada, manteremos restrições especiais para operação na Cabeceira 27. O sistema PAPI já foi instalado na cabeceira e estamos aguardando o relatório final da Aeronáutica para execução do voo de aferição”. O PAPI da pista predominante já está em operação e ambas as cabeceiras operam por instrumentos, havendo a restrição para alguns modelos de aeronaves.
Cancelamentos
Com relação aos recentes cancelamentos de voos ocasionados devido a condições climáticas, Picinato destacou que a operação é considerada um sucesso. “Tivemos voos desviados para Florianópolis nos dias 16 e 17 de maio, devido às condições climáticas adversas que afetaram não só a operação do Aeroporto de Correia Pinto, como também dos Aeroportos de Florianópolis e Chapecó. Como exemplo temos a ocorrência do dia 18, onde o voo foi alternado, de volta a origem (Campinas), pois Florianópolis também encontrava-se com restrições operacionais relativas a condições climáticas. Já no dia 19 de maio houve cancelamento de diversos voos com origem em Campinas devido ao contingenciamento do sistema de controle de tráfego aéreo São Paulo. Cancelamentos pontuais e associados a condições climáticas podem ocorrer”, explicou enfatizando que a prioridade é a segurança dos passageiros. Sobre a expansão dos voos, ele relatou que há tratativas com a empresa Gol Linhas Aéreas, que pretende fazer a rota São Paulo – Lages – Jaguaruna – São Paulo.
O gestor da Infracea contou que a empresa passou pela auditoria da ANAC e que um dos requisitos exigidos é o Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional (SGSO), que tem o objetivo de garantir a segurança operacional de forma proativa. De acordo com ele, desde o início da operação da Azul, foram 37 voos pousados em Correia Pinto, com 2790 passageiros desembarcados e 3267 passageiros embarcados. “Há uma ocupação média por voo de 75% dos lugares, o que é considerado um sucesso para início de operação”, falou.