Os consumidores devem ter notado que, nos últimos meses, a presença de maçã europeia nas gôndolas dos supermercados tem sido significativa. De fato, as importações da fruta cresceram no segundo semestre de 2022 e início de 2023. Além do Chile e da Argentina, tradicionais fornecedores da fruta para o Brasil, nos últimos meses as importações da Itália e de Portugal têm se destacado. Contudo, a expectativa é que com o início da colheita da maçã nacional as importações diminuam, principalmente porque o câmbio faz com que a maçã europeia perca competitividade no mercado brasileiro.
Safra catarinense
Goulart explica que, na safra 2021/22, o volume de maçã produzido em Santa Catarina ficou abaixo do esperado, por motivos climáticos. A safra sofreu com a estiagem e com o excesso de frio durante o período da florada das macieiras. Isso também afetou a qualidade da fruta para armazenagem, o que levou as classificadoras a escoar o restante da safra no final de 2022. Outro fator que influenciou a oferta de maçã no mercado brasileiro é que houve atraso na colheita da safra corrente (2022/23). Com isso, o preço da maçã no mercado interno subiu e tornou a importação da Europa competitiva.
No levantamento apresentado no último Boletim Agropecuário, há o indicativo de que os maiores volumes da fruta, em Santa Catarina, devem ter sido colhidos durante o mês de março, por isso a expectativa é que, com a maior oferta interna, as importações diminuam.