Mercado da maçã deve ter redução das importações

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Os consumidores devem ter notado que, nos últimos meses, a presença de maçã europeia nas gôndolas dos supermercados tem sido significativa. De fato, as importações da fruta cresceram no segundo semestre de 2022 e início de 2023. Além do Chile e da Argentina, tradicionais fornecedores da fruta para o Brasil, nos últimos meses as importações da Itália e de Portugal têm se destacado. Contudo, a expectativa é que com o início da colheita da maçã nacional as importações diminuam, principalmente porque o câmbio faz com que a maçã europeia perca competitividade no mercado brasileiro.

Baixos estoques de maçã nacional estimularam importações. Conforme dados disponíveis no site do Observatório Agro Catarinense, em janeiro de 2022 entraram em Santa Catarina 775 toneladas de maçã, vindas majoritariamente da Argentina. Já em janeiro do ano em curso, a quantidade importada foi de 2,5 mil toneladas e o principal país de origem da fruta foi a Itália. Conforme o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Rogério Goulart Jr., dois fatores influenciaram o crescimento das importações: os baixos estoques de maçã nacional e a superprodução registrada em alguns países da Europa.

Safra catarinense

Goulart explica que, na safra 2021/22, o volume de maçã produzido em Santa Catarina ficou abaixo do esperado, por motivos climáticos. A safra sofreu com a estiagem e com o excesso de frio durante o período da florada das macieiras. Isso também afetou a qualidade da fruta para armazenagem, o que levou as classificadoras a escoar o restante da safra no final de 2022. Outro fator que influenciou a oferta de maçã no mercado brasileiro é que houve atraso na colheita da safra corrente (2022/23). Com isso, o preço da maçã no mercado interno subiu e tornou a importação da Europa competitiva.

No levantamento apresentado no último Boletim Agropecuário, há o indicativo de que os maiores volumes da fruta, em Santa Catarina, devem ter sido colhidos durante o mês de março, por isso a expectativa é que, com a maior oferta interna, as importações diminuam.

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