O El Niño, que elevou as temperaturas pelo país, chegou ao fim, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Caracterizado pelo aquecimento maior ou igual a 0,5°C das águas do Oceano Pacífico, o El Niño acontece com frequência a cada dois a sete anos. A duração média do fenômeno é de doze meses, gerando um impacto direto no aumento da temperatura global. Desta vez, ele começou em junho de 2023.
Neste ano, o fenômeno foi um dos mais intensos já registrados, com impactos por todo o país. Alguns especialistas chegaram a considerar o fenômeno um Super El Niño pela sua intensidade e extensão.
O que esperar agora?
O que os especialistas apontam é que as previsões mostram uma virada para um novo fenômeno: o La Niña, que deve começar em setembro.
O fenômeno tem o efeito inverso do El Niño e ocorre quando há o resfriamento da faixa Equatorial Central e Centro-Leste do Oceano Pacífico. Ele é estabelecido quando há uma diminuição igual ou maior a 0,5°C nas águas do oceano.
Segundo o Inmet, apesar do aquecimento das águas recentes, as projeções mostram chance de 70% de que a transição para La Niña ocorra.
Para o Brasil, os efeitos clássicos do La Niña são:
- Aumento de chuvas no Norte e no Nordeste;
- Tempo seco no Centro-Sul, com chuvas mais irregulares;
- Tendência de tempo mais seco no Sul;
- Condição mais favorável para a entrada de massas de ar frio no Brasil, gerando maior variação térmica.
E o inverno?
O inverno 2024 começa oficialmente no dia 21 de junho e, segundo os meteorologistas, o frio vai, finalmente, chegar para grande parte do país. A pesar disso, ainda vamos ter dias de calor acima da média.
Em resumo, é possível dizer que não são esperados extremos de frio ou calor, mas sim um equilíbrio entre os dois, com uma tendência para mais dias com temperaturas mais elevadas que o normal, mas ainda assim períodos de frio ao longo da estação.