No primeiro dia do Alesc Itinerante, a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de Santa Catarina rejeitou, de forma unânime, o Projeto de Lei que propunha a proibição do reflorestamento com a espécie Pinus elliottii na região de Lages. A decisão foi comemorada pelo deputado estadual Lucas Neves (Podemos), representante da Serra Catarinense, que ressaltou o impacto positivo para a economia local.
“Estamos falando de uma cadeia produtiva que gera mais de 20 mil empregos aqui. Pessoas que trabalham com reflorestamento, em serrarias e nas indústrias de papel e celulose. Cito a cidade de Otacílio Costa, que tem grandes indústrias de papel e celulose, assim como Correia Pinto. E Lages, que recentemente recebeu uma indústria de produção de MDF, e também conta com fábrica de papel e celulose”, destacou.
O projeto foi proposto pelo colega Ivan Naatz (PL), do Vale do Itajaí, que justificou a medida com base em possíveis impactos ambientais negativos da introdução do Pinus elliottii em ecossistemas não nativos. No entanto, Lucas Neves contestou essa visão, lembrando que o Conselho Estadual de Meio Ambiente já autorizou o plantio de pinus sem exigência de licença ambiental.
“Precisamos preservar o meio ambiente e preservar também os empregos gerados pelo setor florestal. Temos que agir de maneira equilibrada”, reforçou.
O parlamentar serrano também mencionou uma recente lei federal, aprovada pelo Congresso Nacional, que retirou a silvicultura – atividade de cultivo de florestas para produção de madeira e derivados – da lista de práticas causadoras de degradação ambiental.